Com a aproximação do período de eleições presidenciais, o aumento da violência motivada por questões políticas vem se tornando cada vez mais explícito, principalmente por conta de eleitores que alimentam ideologias extremistas, frutos da polarização do cenário político brasileiro atual.
Diante disso, nesta quinta-feira (14), o Varela Net foi até a Estação da Lapa para ouvir o que a população soteropolitana pensa a respeito da crescente animosidade entre grupos políticos de opiniões distintas.
A jovem de 21 anos, Luciana Paixão, lamentou sobre a situação atual do país, e sobre o medo que muitos acabam gerando de emitir opiniões relacionadas a política publicamente, com receio de que isso possa de alguma maneira prejudicar sua integridade.
"Deveria ser natural a gente ter a liberdade política e se expressar de qualquer forma, e poder tomar decisões sobre o que a gente acredita, mas vivendo no Brasil, atualmente, você fica com medo até de comentar com uma pessoa sobre questões políticas, porque do jeito que a violência vem acontecendo você fica preocupado e inseguro”, disse.
“Já conheci pessoas sim, pessoas que sofreram por causa disso [posicionamento político] e inclusive têm medo agora de falar sobre isso, eu também tenho medo. Recentemente teve essa questão do 'cara' que morreu por causa da sua escolha política", completou Luana.
O caso que ela se referia é o do apoiador do ex-presidente Lula (PT) morto a tiros, no último domingo (10), por um eleitor do presidente Jair Bolsonaro (PL), em função das suas divergências de princípios no âmbito político.
Já Rodrigo Rocha, 39 anos, tem um pensamento similar ao de Luciana e frisa como o discurso motivado pelo ódio inibe os cidadãos e atrapalha o desenvolvimento do país.
“O ódio começa a surgir em todos os lugares, a gente tá vendo hoje a violência física, mas nas redes sociais também vemos o ataque coordenado, não só aqui no Brasil, mas no mundo, ele tem se aflorado bastante e só tem prejudicando cada vez mais a nossa situação política e ameaçando a democracia do nosso país", afirmou.
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