A esposa do tesoureiro do PT, Pamela Suellen Silva, tentou impedir que Jorge Guaranho, policial penal federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), assassina-se a tiros o marido, Marcelo Aloizio de Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná, na madrugada do último domingo (10).

O crime aconteceu no momento em que a vítima, que era guarda municipal, comemorava seus 50 anos em homenagem a Lula e ao PT.  O suspeito, chegou ao local da comemoração gritando “Aqui é Bolsonaro”, “Mito” e “Lula Ladrão”. Após discutir com Marcelo de Arruda, o suspeito saiu do local, após um pedido, mas disse que voltaria. 

Câmeras de segurança registraram o momento em que o policial penal federal retornou e a mulher do tesoureiro tentou evitar que ele entrasse no local da festa. Ela estendeu a mão para que a briga acabasse e, em seguida, Jorge Guaranho invadiu o espaço e uma intensa troca de tiros aconteceu com o guarda municipal.  A mulher chegou a empurrar o apoiador de Jair Bolsonaro na tentava de evitar a morte do marido, mas não conseguiu.

A delegada Iane Cardoso, responsável pela investigação do caso, apura se as motivações do crime envolveram conflito político entre os dois.

“A priori é o que estão divulgando (que houve divergência política), mas a gente está investigando, tentando extrair a verdadeira motivação. O que estão divulgando é que houve um conflito político, mas a polícia tem que averiguar”, pontuou. Jorge Guaranho foi baleado e está internado em estado estável em um hospital de Foz do Iguaçu (PR), onde se encontra preso.