Após ser acusada de ter matado os enteados envenenados, a filha de Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, falou pela primeira vez sobre o a crueldade realizada pela mãe. Nesta quarta-feira (6), ela contou ao RJ2 que não visitou e nem pretende visitar a mãe na cadeia.
A jovem que não quis ser identificada, afirmou que inicialmente, não desconfiava da mãe. Ela ainda disse que sente muita raiva e aguardava o laudo para confirmar se a jovem que morreu, e teve o corpo exumado para a perícia, tinha sido envenenada.
"Pra mim, ela não é mais minha mãe. Eu vou seguir, é uma coisa que só o tempo vai ajeitando. Estou tentando voltar a minha rotina", disse ao RJ2.
Fernanda Cabral, estudante de 22 anos, morreu em março deste ano, mas a madrasta só foi presa no dia 20 de maio, após intoxicar propositalmente o irmão de Fernanda, Bruno Cabral, de 16 anos, que passou mal logo após comer um feijão preparado por Cíntia.
No momento, Bruno chegou a reclamar do feijão, que tinha um gosto amargo e pedrinhas azuis. Ao chegar em sua casa, o menino já estava se sentindo mal, reclamou e falou sobre o alimento.
Bruno foi levado para uma unidade hospitalar, e foi submetido a uma lavagem estomacal e um exame de sangue, que detectou níveis altos de chumbo em seu sangue.
Com a suspeita de que os filhos foram envenenados, Jane Carvalho Cabral, mãe dos jovens, registrou queixa na 33ª DP, em Realengo, que iniciou buscas na casa da madrasta.
Após a denúnica, os investigadores foram até a casa de Cíntia e recolheram o feijão para análise, mas antes do resultado do exame, a madastra tentou se matar. Segundo o G1, Cíntia foi levada para o hospital, se recuperou e foi levada para a 33ª DP para prestar depoimento, quando teve sua prisão decretada.
Cíntia Mariano permanece presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.
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